Ashley me pertubou a manhã inteira. Sério. Eu tentei ser rápida nos períodos livres, mas ela sempre me alcançava. Lá pela quarta aula, ela já estava pra lá de brava. Tinha mandado tantas mensagens pelo celular perguntando sempre a mesma coisa, que eu nem lia mais. Senti meu celular apitando no bolso, sei lá, pela décima vez só nessa aula e resolvi ler a mensagem. Ela dizia – Ah que surpresa – exatamente a mesma coisa que as outras muitas que já tinha me mandado:
“Kate Natalie Robinson, juro por Deus que se você não me contar o que aconteceu ontem eu vou ter um ataque. Valeu? Isso mesmo, um ataque. Eu sou sua melhor amiga e mereço saber. E você não quer que eu tenha um ataque, acredite em mim.”
Era a cara da Ash, jogar na minha cara que era minha melhor amiga com o objetivo de arrancar informação de mim. E me chamar pelo nome todo? Bem parecida com a minha mãe, e ela só faz isso quando ta muito zangada. Então, antes que ela tivesse realmente um ataque, eu respondi:
“Escuta Ash, para de agir que nem criança, tá legal? Eu vou contar no almoço. Não tenha um ataque.”
Ela não me mandou mais nenhuma mensagem depois disso. Ela provavelmente estava quicando na cadeira de ansiedade, mas me deixou em paz. Na verdade, essa empolgação dela é meio sem sentido. Nada demais aconteceu ontem. Eu estava tão nervosa com Zach indo lá em casa, que fiquei calada o caminho todo. Fomos andando, por que eu não tinha carteira e muito menos carro, e Zach só usava o carro para passeios, não pra ir à escola. O pai dele tinha medo que vandalizassem a BMW de Zach no estacionamento da escola ou algo assim. Então, foram três longos e silenciosos quilômetros andando desconfortavelmente lado a lado.
Mas parece que só era desconfortável pra mim, por que Zach assobiava uma melodia que eu podia jurar que era Just Like Heaven, do The Cure. Quando chegamos à minha rua, eu perguntei:
- The Cure? – Por que eu estava curiosa e fincando ainda mais desconfortável com o silêncio, e eu, tudo bem eu admito, simplesmente adoro The Cure.
- Ah, é. Isso. Conhece? – Perguntou ele surpreso.
- Claro, é uma das minhas bandas preferidas. - E é mesmo. Quer dizer, eu nunca nem imaginei que Zach, justamente ele, pudesse ter sequer uma coisa em comum comigo. – Achei que você fosse mais do tipo Hip-Hop, sei lá.
- Eu gosto de Hip-Hop também, mas tenho respeito pelos clássicos. Algumas bandas são realmente muito boas, sabe como é. – Ele estava ficando sem graça, como se tivesse confessado uma fraqueza, ou algo assim.
- Bom, aqui estamos. – Tínhamos chegado á minha casa. Esperei alguma reação negativa da parte de Zach, um som de repulsa, uma careta ou algo assim, mas tudo que ele disse foi:
- Bela casa, Robinson. Vamos entrando? – Disse ele, sem sarcasmo ou zombaria na voz.
- Claro, Carter. – Eu disse, chamando-o pelo sobrenome também, bem casualmente, da melhor maneira que pude.
“Kate Natalie Robinson, juro por Deus que se você não me contar o que aconteceu ontem eu vou ter um ataque. Valeu? Isso mesmo, um ataque. Eu sou sua melhor amiga e mereço saber. E você não quer que eu tenha um ataque, acredite em mim.”
Era a cara da Ash, jogar na minha cara que era minha melhor amiga com o objetivo de arrancar informação de mim. E me chamar pelo nome todo? Bem parecida com a minha mãe, e ela só faz isso quando ta muito zangada. Então, antes que ela tivesse realmente um ataque, eu respondi:
“Escuta Ash, para de agir que nem criança, tá legal? Eu vou contar no almoço. Não tenha um ataque.”
Ela não me mandou mais nenhuma mensagem depois disso. Ela provavelmente estava quicando na cadeira de ansiedade, mas me deixou em paz. Na verdade, essa empolgação dela é meio sem sentido. Nada demais aconteceu ontem. Eu estava tão nervosa com Zach indo lá em casa, que fiquei calada o caminho todo. Fomos andando, por que eu não tinha carteira e muito menos carro, e Zach só usava o carro para passeios, não pra ir à escola. O pai dele tinha medo que vandalizassem a BMW de Zach no estacionamento da escola ou algo assim. Então, foram três longos e silenciosos quilômetros andando desconfortavelmente lado a lado.
Mas parece que só era desconfortável pra mim, por que Zach assobiava uma melodia que eu podia jurar que era Just Like Heaven, do The Cure. Quando chegamos à minha rua, eu perguntei:
- The Cure? – Por que eu estava curiosa e fincando ainda mais desconfortável com o silêncio, e eu, tudo bem eu admito, simplesmente adoro The Cure.
- Ah, é. Isso. Conhece? – Perguntou ele surpreso.
- Claro, é uma das minhas bandas preferidas. - E é mesmo. Quer dizer, eu nunca nem imaginei que Zach, justamente ele, pudesse ter sequer uma coisa em comum comigo. – Achei que você fosse mais do tipo Hip-Hop, sei lá.
- Eu gosto de Hip-Hop também, mas tenho respeito pelos clássicos. Algumas bandas são realmente muito boas, sabe como é. – Ele estava ficando sem graça, como se tivesse confessado uma fraqueza, ou algo assim.
- Bom, aqui estamos. – Tínhamos chegado á minha casa. Esperei alguma reação negativa da parte de Zach, um som de repulsa, uma careta ou algo assim, mas tudo que ele disse foi:
- Bela casa, Robinson. Vamos entrando? – Disse ele, sem sarcasmo ou zombaria na voz.
- Claro, Carter. – Eu disse, chamando-o pelo sobrenome também, bem casualmente, da melhor maneira que pude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário