Assisti ao resto das aulas sem entusiasmo algum. O almoço, porém, foi como um raio de sol nesse dia nebuloso. Minha melhor amiga, Ashley Lewis, que assistia apenas às aulas de literatura comigo, por estar no terceiro ano e só estar fazendo essa aula para ganhar créditos e assim evitar a reprovação, encontrou comigo na nossa mesa de sempre com um sorriso radiante no rosto moreno e lindo. Colocou sua bandeja contendo apenas um pouco de frango e um refrigerante diet na nossa mesa, sentou-se e sem nenhuma enrolação, disparou:
- Então quer dizer que você foi atropelada por Tyler Smith? – A admiração em sua voz ao pronunciar o nome de Tyler era a mesma que eu sempre ouvia na voz das calouras e líderes de torcida de nossa escola, uma admiração que chegava a ser quase adoração. Respondi com indiferença:
- Sim. Ele me acertou com bastante força, mas acho que não foi nada.
- Ah. Meu. Deus. – Ela disse cada palavra pausadamente, demonstrando entusiasmo e talvez até um pouco de choque, por causa de minha indiferença. – Qual é Kate! O cara é seu vizinho, e tipo, ele é o maior gato. Você nem sequer fala direito com ele. Se eu fosse a vizinha dele, arrumaria desculpas todos os dias para aparecer na casa dele e com certeza, tiraria algum proveito da proximidade. É o Tyler Smith, cara.
- Ash, por favor, até parece que o Tyler está disponível. Ele e Amy estão juntos. – Falei, destacando bem a palavra juntos, para que Ashley entendesse. Não foi apenas o físico de Tyler que mudara com os anos que se passaram quando estive fora, ele agora também namorava Amy Miller, chefe das lideres de torcida da escola. Com seus longos cabelos loiros, corpo escultural e olhos azuis, ela fazia o tipo “rainha do baile”. Andava sempre com saltos altos, mini saias e roupas da última moda. Eu não conseguia andar de saltos e não gostava de saias. As usava apenas quando a situação pedia. Não tinha nenhuma noção de moda e meu cabelo só era cortado raramente, para não crescer muito, mas não tinha nenhum corte da moda nem nada assim.
- Ah – disse Ashley – ela é mesmo muito linda. Mas você tem seu charme e quando se arruma até que fica bonita. – Seu tom de voz maternal denunciava que aquilo era apenas o que uma amiga devia dizer e não uma opinião sincera. Então, murmurei um “Obrigado” sem graça e continuei minha refeição. É claro que ela continuava falando, mas eu já não prestava mais tanta atenção.
Então, como que para confirmar o que eu dissera momentos antes a respeito de sua beleza, Amy passou por nós com sua pose de rainha e seu olhar de repulsa dirigido a todos os não-populares cujos olhares cruzavam com o dela. Incluindo o meu. Era uma pessoa superficial, a meu ver. Mas, era rica, bonita e popular, então ninguém se importava em saber se ela era ou não inteligente ou se tinha aspirações interessantes para seu futuro. Acho que as coisas mais longas que ela já leu na vida foram as revistas de moda que vejo em suas diferentes bolsas toda semana. Mas, como quase todos os outros populares privilegiados da escola, ela queria entrar em uma Universidade da Ivy League, de preferência Princeton. Tyler queria entrar para Princeton ou Harvard, e eu sabia disso por que quando éramos crianças brincávamos fingindo que íamos juntos a Universidade e seus pais deram para ele de presente camisetas de Harvard e Princeton, incentivando esse sonho desde cedo, decidindo apoiá-lo, em qualquer escolha que ele fizesse.
Eu não achava Amy Miller a garota ideal para Tyler, que apesar de também ser popular, lia os mais diversos tipos de livros, de fantasia á ficção científica. Também desenhava, assim como eu, e nunca desprezou nenhum dos alunos da escola, nem mesmo os nerds ou os considerados “esquisitos” como eu. E sempre brigava com os meninos do time quando os surpreendia incomodando alguém considerado fora dos padrões. Uma pena ele nunca estar presente quando Zach e seu bando me torturavam com piadinhas a respeito dos meus esforços, em vão, para pegar o ônibus de manhã, ou a respeito de meus desenhos, que eles apelidaram nada carinhosamente de “coisa de nerd”.
- Então quer dizer que você foi atropelada por Tyler Smith? – A admiração em sua voz ao pronunciar o nome de Tyler era a mesma que eu sempre ouvia na voz das calouras e líderes de torcida de nossa escola, uma admiração que chegava a ser quase adoração. Respondi com indiferença:
- Sim. Ele me acertou com bastante força, mas acho que não foi nada.
- Ah. Meu. Deus. – Ela disse cada palavra pausadamente, demonstrando entusiasmo e talvez até um pouco de choque, por causa de minha indiferença. – Qual é Kate! O cara é seu vizinho, e tipo, ele é o maior gato. Você nem sequer fala direito com ele. Se eu fosse a vizinha dele, arrumaria desculpas todos os dias para aparecer na casa dele e com certeza, tiraria algum proveito da proximidade. É o Tyler Smith, cara.
- Ash, por favor, até parece que o Tyler está disponível. Ele e Amy estão juntos. – Falei, destacando bem a palavra juntos, para que Ashley entendesse. Não foi apenas o físico de Tyler que mudara com os anos que se passaram quando estive fora, ele agora também namorava Amy Miller, chefe das lideres de torcida da escola. Com seus longos cabelos loiros, corpo escultural e olhos azuis, ela fazia o tipo “rainha do baile”. Andava sempre com saltos altos, mini saias e roupas da última moda. Eu não conseguia andar de saltos e não gostava de saias. As usava apenas quando a situação pedia. Não tinha nenhuma noção de moda e meu cabelo só era cortado raramente, para não crescer muito, mas não tinha nenhum corte da moda nem nada assim.
- Ah – disse Ashley – ela é mesmo muito linda. Mas você tem seu charme e quando se arruma até que fica bonita. – Seu tom de voz maternal denunciava que aquilo era apenas o que uma amiga devia dizer e não uma opinião sincera. Então, murmurei um “Obrigado” sem graça e continuei minha refeição. É claro que ela continuava falando, mas eu já não prestava mais tanta atenção.
Então, como que para confirmar o que eu dissera momentos antes a respeito de sua beleza, Amy passou por nós com sua pose de rainha e seu olhar de repulsa dirigido a todos os não-populares cujos olhares cruzavam com o dela. Incluindo o meu. Era uma pessoa superficial, a meu ver. Mas, era rica, bonita e popular, então ninguém se importava em saber se ela era ou não inteligente ou se tinha aspirações interessantes para seu futuro. Acho que as coisas mais longas que ela já leu na vida foram as revistas de moda que vejo em suas diferentes bolsas toda semana. Mas, como quase todos os outros populares privilegiados da escola, ela queria entrar em uma Universidade da Ivy League, de preferência Princeton. Tyler queria entrar para Princeton ou Harvard, e eu sabia disso por que quando éramos crianças brincávamos fingindo que íamos juntos a Universidade e seus pais deram para ele de presente camisetas de Harvard e Princeton, incentivando esse sonho desde cedo, decidindo apoiá-lo, em qualquer escolha que ele fizesse.
Eu não achava Amy Miller a garota ideal para Tyler, que apesar de também ser popular, lia os mais diversos tipos de livros, de fantasia á ficção científica. Também desenhava, assim como eu, e nunca desprezou nenhum dos alunos da escola, nem mesmo os nerds ou os considerados “esquisitos” como eu. E sempre brigava com os meninos do time quando os surpreendia incomodando alguém considerado fora dos padrões. Uma pena ele nunca estar presente quando Zach e seu bando me torturavam com piadinhas a respeito dos meus esforços, em vão, para pegar o ônibus de manhã, ou a respeito de meus desenhos, que eles apelidaram nada carinhosamente de “coisa de nerd”.
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