sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Capítulo 1

Acordei com a luz do sol, bem fraca, invadindo meu quarto. O relógio marcava cinco horas da manhã, ainda muito cedo para me arrumar para escola, então, sabendo que seria inútil tentar dormir de novo, levantei-me e me encarei no grande espelho branco de corpo todo, reformado por minha mãe anos atrás para combinar com meu quarto, todo em estilo vitoriano. Meu rosto, branco demais para meu gosto, denunciava uma noite mal dormida. Olheiras, não muito profundas, mas ainda assim visíveis, estavam lá, logo abaixo dos meus grandes olhos verdes amendoados, e meus cabelos estavam a mesma bagunça casual de sempre, castanhos bem claros e até que bonitos quando arrumados, não que eu me preocupasse muito com isso.
Desci com cuidado para não acordar mais ninguém da casa. Meu irmãozinho Peter provavelmente ainda estava dormindo, e meus pais, que hoje não trabalhariam, provavelmente gostariam de dormir um pouco mais. Comi sem pressa alguns biscoitos e um pouco de leite quente, lavei a louça que sujei e voltei rapidamente para meu quarto.
Vesti minha camiseta preferida, preta com uma estampa do U2, minha inseparável calça jeans e um par de tênis surrados que eu mesma havia enchido de desenhos a alguns anos atrás. Não estava com paciência para fazer nada elaborado no meu cabelo, portanto apenas o prendi em um rabo de cavalo e me sentei na cama para ler um livro que eu havia comprado alguns dias antes.
Olhei mais uma vez para o relógio, já eram quase seis da manhã e como de costume olhei para a janela, que ficava de frente para a janela do quarto do meu vizinho, Tyler Smith. Ele deixara a cortina aberta esta manhã e eu podia ver claramente o interior de seu quarto, todo azul, sua cama bagunçada e logo atrás uma estante cheia de troféus dos vários anos competindo em diversos esportes, nos quais era muito bom.
Tyler era o capitão do time de futebol americano da Russell High School, aluno do último ano e presidente do conselho estudantil. Com seu sorriso perfeito, olhos verdes – ainda mais verdes que os meus - e cabelos escuros como a noite, metade do corpo estudantil feminino suspirava por ele. Porém, eu sempre o vi como mais que apenas o capitão do time ou o bonitão da escola. Ele era muito mais que isso. Era inteligente, influente e simpático, até com aqueles considerados párias em nossa escola.
(continua no proximo episódio ;D háhá)

Nenhum comentário:

Postar um comentário